Social e Ambiental

Controle biológico


Controle biológico é uma técnica criada para diminuir a população de organismos considerados pragas, através de meios naturais. Um exemplo geral é a inserção, em determinada área, de predadores naturais dos insetos que causam danos econômicos às lavouras.

A broca é a principal praga da cana-de-açúcar. A lagarta jovem se alimenta das folhas e penetra as partes mais moles do colmo, perfurando a cana e abrindo galerias, que servem de entrada para outros microrganismos (bactérias, fungos, etc) que causam o apodrecimento (podridão vermelha).

Uma das melhores formas para o controle da broca da cana-de-açúcar é o Controle Biológico. Neste caso, o agente biológico é uma vespa – Cotesia flavipes – que ataca a broca ainda na fase de lagarta. A vespa se alimenta das reservas (gordura) da broca, enfraquecendo-a e levando-a a morte.

Vantagens do Controle Biológico

  • Não há impacto ambiental

  • Não há perigo para a saúde do trabalhador rural

  • Não acarreta morte de outros animais

  • Não deixa resíduo nos alimentos que serão consumidos pelas pessoas

  • É mais barato e mais eficiente

Produção da Cotésia
Como a cotésia é um parasita da lagarta da broca, temos que produzir primeiro a praga (lagarta da broca) para que, a partir desta, a vespa (cotésia) possa se alimentar e gerar novos indivíduos na lavoura de cana-de-açúcar.

Relação de Liberação 

1 copo contém 30 massas
1 massa contém 50 indivíduos de cotésia
1 copo contém 1.500 indivíduos de cotésia
Em 1 hectare de cana são liberados 4 copos ou 6 mil indivíduos de cotésia.
Em 1 mês são produzidos 23 mil copos para liberação em 5.800 hectares de cana.

Laboratório Biológico 
O Laboratório de Controle Biológico da Jalles Machado foi criado em 1999, para controle da broca da cana-de-açúcar do canavial orgânico (onde não se usa inseticidas químicos).

Atualmente, o Laboratório tem capacidade para produzir 35 milhões de cotésias por mês e gera emprego para 35 funcionárias da comunidade.

A cotésia é distribuída prioritariamente na lavoura orgânica, mas também pode ser liberada nas áreas de cana convencional, com índices de infestação mais altos.

Este controle, aliado a outras práticas agrícolas, tem apresentado sucesso ao longo dos anos, de modo que, atualmente, a organização se considera em nível “Confortável” (abaixo de 3%) em relação ao ataque desta praga.