Social e Ambiental

Cogeração de energia


O etanol e o açúcar foram por muitos anos os principais produtos da indústria da cana. O bagaço, proveniente da moagem, chegou a ser um problema para as usinas, pois não tinha uma destinação adequada. Com uma visão empreendedora, a Jalles Machado enxergou novas possibilidades e hoje a biomassa da cana proporciona ganhos ambientais e econômicos para a empresa. 

O início desse processo foi em 2000, com a instalação de uma central termelétrica e a Jalles Machado se tornou pioneira em Goiás na cogeração de energia a partir do bagaço de cana. Além de suprir o consumo de energia elétrica da própria usina, o excedente da produção é comercializado, gerando uma receita adicional para a empresa.

Nos últimos anos, com a crise energética nacional, a cogeração de energia proveniente da biomassa da cana ganhou notoriedade e se tornou uma excelente alternativa, além de ser uma energia limpa e renovável. A capacidade de cogeração da Jalles Machado é de 40 MW e a da Unidade Otávio Lage é de 48 MW, suficientes para abastecer uma cidade de cerca de 300 mil habitantes. 

Na Safra 2015/16, fomos uma das primeiras empresas em Goiás a iniciar o projeto de recolhimento da palha da cana na Unidade Otávio Lage para incrementar a cogeração de energia elétrica. Assim, a palha proveniente da colheita mecanizada também é incorporada ao bagaço, possibilitando produzir eletricidade por um período maior, inclusive na entressafra. Esse projeto é desenvolvido pela empresa francesa Albioma, detentora de 65% da Codora Energia, que tem como especialidade a alta performance na cogeração de energia a partir da biomassa da cana.

Futuramente, pretendemos aumentar a produção de energia elétrica. Em parceria com o Governo de Goiás, o Sindicato das Indústrias de Fabricação de Etanol, a Universidade de Brasília e uma empresa de tecnologia espanhola, realizamos estudos de viabilidade para geração de energia solar. A intenção é aproveitar a luz do sol para a geração de vapor e utilizar geradores e outros equipamentos já existentes na central termelétrica, formando um processo híbrido de produção biomassa-energia solar.

Vantagens da bioeletricidade
    •    Promove o desenvolvimento econômico sustentável.
    •    Contribui para a oferta de energia elétrica, principalmente no período seco, quando os reservatórios estão baixos. 
    •    Ganhos ambientais por se tratar de uma energia limpa e renovável.
    •    Máximo aproveitamento dos recursos da cana.
    •    Ganhos sociais, com a geração de empregos e renda.
    •    Emite uma quantidade relativamente baixa de CO2 na atmosfera, quando comparada com o sistema convencional de geração. Isso possibilita a participação da usina em programas de redução na emissão de gases do efeito estufa, como o Crédito de Carbono.

Processo de cogeração de energia a partir do bagaço de cana
    •    O bagaço, proveniente da moagem da cana, é enviado à caldeira.
    •    O bagaço é queimado na caldeira para geração de vapor. 
    •    O vapor de alta pressão é enviado às turbinas dos geradores de energia elétrica
    •    A energia gerada é consumida na própria usina e o excedente é comercializado e abastece a comunidade.

Processo de cogeração de energia com a incorporação de palha ao bagaço
    •    É realizado o enleiramento da palha, quatro dias após a colheita da cana;
    •    As enfardadoras recolhem a palha em forma de fardos de aproximadamente 400 kg;
    •    Os fardos são enviados à indústria, onde serão desfeitos e triturados;
    •    A palha é incorporada ao bagaço que irá abastecer a caldeira para geração de vapor;
    •    O vapor de alta pressão movimenta as turbinas dos geradores de energia.